Parlamentar usou as redes sociais para informar que prepara denúncia de no mínimo 400 páginas
O vereador Amom Mandel (sem partido) anunciou nesta terça-feira (23/11) que prepara um segundo dossiê sobre problemas na administração pública municipal. Em postagem na rede social, o parlamentar criticou a falta de transparência nos valores repassados pela prefeitura às empresas que operam na cidade, e a péssima qualidade do serviço prestado aos usuários. “A atual gestão tem dificultado o acesso às informações sobre os valores que entram e saem todos os dias no sistema, que infelizmente é precário, antigo e quase humilhante. Uma coisa é certa: Não é pouco dinheiro!”, afirmou Amom.
Ao final da postagem, Amom anunciou que em breve divulgará um novo dossiê sobre a administração municipal “(Eu) quero fazer, com muito orgulho, um outro aviso: vem aí o dossiê nº 2 do gabinete do Amom.”, revelou.
Internamente, um grupo de assessores tem trabalhado no levantamento de informações detalhadas que já resultaram em 400 páginas de uma nova denúncia. Segundo o parlamentar a expectativa é que os documentos sejam revelados até o final deste ano.
Dossiê 1
No dia 11 de agosto deste ano, o ouvidor-geral da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Amom Mandel (sem partido), denunciou um esquema de corrupção dentro da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania de Manaus (Semasc) e na Comissão Municipal de Licitação (CML), órgão vinculado à Casa Civil de Manaus. Segundo o parlamentar, o processo licitatório envolvendo a compra de 15.000 cestas básicas foi concluído de maneira no mínimo estranha, em março deste ano por meio do Portal de Compras e Licitações da Prefeitura Municipal de Manaus. O procedimento licitatório ultrapassa o valor de R$ 2,1 milhões.
A empresa que ofereceu o menor valor nos lances de preço foi preterida pela empresa T R DO NASCIMENTO FORNECIMENTO DE ALIMENTOS EIRELI , que ofereceu no certame de compra governamental um dos maiores preços para a aquisição das 15 mil cestas básicas, R$ 140,00 por unidade. A TR foi responsável posteriormente pela entrega doa produtos aos Centros de Referências de Assistência Social (CRAS), que viabilizou a distribuição dos alimentos vencidos às famílias em estado de vulnerabilidade da capital amazonense.
Na época, todos os envolvidos tiveram pedido de afastamento feito por indicação parlamentar, aprovada pelo plenário da CMM, mas não acatada pelo prefeito da cidade. A denúncia também foi apresentada ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) e o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).
Foto: Jessé Gomes/ Gabinete do Amom
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