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Semed divulga Fake News para tentar se defender de alimentos vencidos em escolas de Manaus

A Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed) divulgou na última quarta-feira (8/12) nota se pronunciando sobre a fiscalização realizada pela Ouvidoria da Câmara Municipal de Manaus, juntamente com o gabinete do vereador Amom Mandel (sem partido), no último dia 2 de dezembro, que encontrou cem unidades de margarina vencida em uma creche e três escolas municipais da capital. A secretaria divulgou que apenas quatro latas de margarina teriam sido encontradas e, que a equipe e o parlamentar, não teria entrado em uma das escolas.


Ainda em nota, a Semed informou que uma das unidades de ensino estava em reforma e sem aulas. As informações divulgadas pela secretaria, não são verdadeiras. “É incrível como a prefeitura tenta se defender de uma situação tão grave espalhando Fake News, ou seja, cometendo mais um crime. Eu não só encontrei a quantidade divulgada de margarinas vencidas, como mostram fotos e vídeos, como entrei em todas as escolas citadas, conversei com educadores e constatei diversas irregularidades. A Semed acaba oficializar e distribuir Fake News em Manaus. Ato típico de uma gestão que não aceita ser confrontada.”, afirmou o vereador Amom Mandel.


Em suas redes sociais, Amom Mandel divulgou vídeos e imagens da fiscalização. No material exibido, Amom aparece entrando no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Júlia Barjona, localizado na Rua Engenheiro Vilar Câmara, bairro São José, zona Leste de Manaus. Nessa unidade de ensino, o parlamentar encontrou 20 unidades de margarina vencidas, bem como alunos estudando em salas de aula com aparelhos de ar-condicionado que não refrigeravam.


“Os alunos estão amontoados em salas porque algumas salas estão sem ar-condicionado, a gestão remanejou os estudantes para outra sala, onde só um dos dois aparelhos está funcionando. Muito calor, falta de ventilação e sem previsão de conserto.”, constatou o parlamentar durante a fiscalização.


Amom também esteve no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Raul Dávila Pompeia, localizada na Avenida Peixe Cavalo, Comunidade União da Vitória, na Zona Norte de Manaus. O parlamentar foi recebido pela gestora da unidade de ensino, que no primeiro momento tentou impedir a fiscalização. A educadora confirmou que a escola estava operando, mesmo passando por reformas.


“Nós retornamos em setembro, somente com duas turmas de primeiro ano. Eles estão até hoje (2/12/2021)”, afirmou a gestora confirmando que as aulas estavam ocorrendo até aquela data. Na unidade, a fiscalização constatou mais 27 unidades de alimento vencido, bem como paredes com infiltrações, coletor de gordura exposto, o que compromete a segurança de crianças, vidros de janelas quebrados e outras irregularidades. “Essa é a terceira escola na qual encontramos margarina estragada. Vamos verificar com a Semed o motivo dessa situação.”, disse Amom Mandel.


Nas Escolas Municipais Antônia Medeiros (Zona Norte) e Inaneide Cunha da Costa (Zona Leste), a Semed diz ter encontrado apenas quatro unidades de margarina vencida, o que não é verdade. “Só na Escola Municipal Inaneide Cunha da Costa, encontramos em um freezer trinta e sete unidades de margarina fora da validade, na outra escola mais vinte e uma unidades do mesmo produto foram encontrados. No total, encontrados 52,5 quilos de margarina vencida nessas unidades de ensino, que não cabem em quatro pequenas ‘latas’.”, afirmou Amom Mandel.


A maioria das margarinas encontradas durante a fiscalização foram fabricadas no dia 5 de maio e deveriam ser consumidas até o dia 1º de novembro deste ano. A fiscalização aconteceu no dia 2 de dezembro, ou seja, os produtos estavam com mais de 30 dias fora do prazo de validade. Outras unidades foram fabricadas em 9 de maio deste ano, com data limite para o consumo até 5 de novembro, nesse caso, foram encontrados com quase um mês vencidos.


Falta de estrutura


Banheiros sem iluminação, fios expostos, falta de saída de emergência, salas de aula sem ar-condicionado e ausência de álcool em gel foram algumas das irregularidades encontradas durante fiscalização. Na Escola Municipal Enaneide Cunha Marques Costa, em duas das salas de aula, sete das oito lâmpadas instaladas estavam queimadas há mais de 30 dias. “É complicado trabalhar assim, a visão das crianças fica comprometida. A estrutura a deixa muito a desejar, infelizmente, o ensino fica prejudicado.”, disse uma professora.


Além disso, a mesma escola apresentava falta de álcool 70% nos dispensers instalados na unidade. O local usado pra prática de esportes não possui iluminação e está com todos os fios visíveis, um claro perigo aos estudantes.


O vereador Amom Mandel monta um novo dossiê sobre irregularidades em escolas municipais, a íntegra do documento será apresentado à imprensa e encaminhado aos órgãos de controle.


Foto: Gabinete do Amom





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